Sempre fui
de abrir janelas.
As minhas janelas são grandes
e muito transparentes .
Já abri tantas.... mais do
que as que fechei.
São janelas viradas para o mundo
para o sonho
também para a realidade.
As minhas janelas abrem-se naturalmente,
não as empurro ....
simplesmente
abrem-se,
vejo e sinto
que o que se me depara é diferente
em cada uma.
Sonhos, realidades dispersas,
crueldades
e amor.....
Quando me debruço nelas
para ver o que se me depara
guardo sempre algo ,
e afasto o que nada
tem a ver comigo....
sempre acontece.
Contudo há
um cruel desafio
nunca conseguir chegar
onde mais desejo
que é a minha procura de sempre
a linha do horizonte ou seja a utopia.
Consola-me que tenha sempre
janelas para abrir.
YOLANDA BOTELHO
Arte: Burt Procter
Arte: Burt Procter
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