Sempre que chegas renasço. Saio do nada e regresso, feliz, à tua boca. Tenho-te na febre dos meus dedos e nenhuma parte de ti se esconde à minha sede. Trazes contigo a terra inteira e teus são os aromas de mar, o jeito forte de ter, o fogo e a vontade de gritar. Trazes contigo a liberdade. Sem voz nem lei, andamos em veredas que não sei à procura de segredos. E vamos, batidos pelo som do sangue e dos medos, em busca de tudo o que há de vir. Marco-te de mãos e beijos e ardo nos desejos do teu ventre até que, pastosa, se esgote a noite.
EDGARDO XAVIER
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