Dobro a esquina do silêncio
na encruzilhada do tempo
procuro o teu rosto
no poema guardado
que te fiz
e não te disse
molhado na ausência
do teu sentir
ficou-me na boca o gosto amargo
da partida inesperada
talvez esperada nas entrelinhas
daquilo que em ti se adivinha
permanente
todo o mundo
num segundo
em que te disse
que te amava
o medo
o muro
o silêncio
parti assim de ti
de mim
do desengano
do terreno encantado que pisei
conto de fadas
no faz de conta
em que te moves
no horizonte dos enganos
acreditei
que era o teu rosto
que via nas madrugadas
em que acendia uma estrela
para iluminar os teus olhos
no reflexo dos meus
perdida me encontrei
na encruzilhada do tempo
e foi então que dobrei
esta esquina do silêncio
Isabel de Sousa ( 2014 / Maio )
1 comentário:
acreditei
que era o teu rosto
que via nas madrugadas
em que acendia uma estrela
para iluminar os teus olhos
no reflexo dos meus
perdida me encontrei
na encruzilhada do tempo
e foi então que dobrei
esta esquina do silêncio
Esta nossa amiga Isabel,me supreende,adorei lê-la.....
Para ti doce amiguinho,uma beijokinha..
Enviar um comentário