Quando vieste
Trazias nas tuas mãos o mar inteiro
E dois olhos de espuma para me deitar
Nos teus cabelos de algas e de sal
Os meus dedos eram peixes
Navegando em silêncio
Até morrerem
Na praia sem limites do teu pescoço
Naquele tempo branco e lúcido
Em que caminhamos nus sobre as areias
E desmaiados de gozo no calor das dunas
Enchemos de sol as famintas bocas
Quando vieste
Eras um sopro de luz e fantasia
A rasgar os lençóis da noite imaculada
Com duas navalhas de água
Que o olhar tecia…
Fernando Campos de Castro
Os meus dedos eram peixes
Navegando em silêncio
Até morrerem
Na praia sem limites do teu pescoço
Naquele tempo branco e lúcido
Em que caminhamos nus sobre as areias
E desmaiados de gozo no calor das dunas
Enchemos de sol as famintas bocas
Quando vieste
Eras um sopro de luz e fantasia
A rasgar os lençóis da noite imaculada
Com duas navalhas de água
Que o olhar tecia…
Fernando Campos de Castro
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