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terça-feira, 25 de março de 2014

De "" Lua diurna "" /// Entardercer nas margens do poente



Entardece
nas margens do poente
 
bebo o cálice dos sonhos postos
na luz crepuscular  da ilusão

na obliqua transparencia das palavras
ditas
 e das que(nos)ficaram por dizer..

Aah! como doem as vagas mornas
p'lo canto das sereias encantadas
ninfas de esperança.. desgastadas
à espera de um sonho por viver

doi-me este entardecer de lua ausente
paixão tardia que a mim assim vieste
vestida de maresia . amor  agreste 

que veio a  mim ,assim, tão de repente

quisera ser o sol e não poente

quisera ser candeia que alumia
as noites de ternura entrelaçada

quisera ser o dia matinal
onde tudo recomeça, transversal

e não se acaba.

por isso

 meu amor.que seja a noite

Visita de minha alma ..permanente
e  que amanheça
 nas margens do poente.

por  "lua diurna"
 
 
 
 

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