Guardo a tua saudade junto a mim
neste roer de alma
em que o Amor se vai gastando.
Guardo estes suores frios
e a sensação de te ter deixado escapar entre os dedos.
Guardo um mar de melancolia
e uma lufada de inquietude e tormento
nas névoas perpétuas e ressequidas.
E mantenho estes olhos húmidos
e os largos e difíceis silêncios
que me agarram ao mundo
numa sombra de ti.
Sei que o amor não se repete,
mas vivo,
vivo…
porque guardo a tua saudade junto a mim
apesar de respirar a tua ausência.
( © António Carlos Santos )
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