Na mesa do Santo Ofício
Tu lhes dirás, meu amor, que nós não existimos.
Que nascemos da noite, das árvores, das nuvens.
Que viemos, amámos, pecámos e partimos
Como a água das chuvas.
Tu lhes dirás, meu amor, que ambos nos sorrimos
Do que dizem e pensam
E que a nossa aventura,
É no vento que passa que a ouvimos,
É no nosso silêncio que perdura.
Tu lhes dirás, meu amor, que nós não falaremos
E que enterrámos vivo o fogo que nos queima.
Tu lhes dirás, meu amor, se for preciso,
Que nos espreguiçaremos na fogueira.
Ary dos Santos
2 comentários:
obrigada CONDE !!lindo o poema lindo sempre td!!um bjo doce!
Hum ! Hum ! Hum !
O amor diz coisas que não entendemos, precisamos deixar que que coração ouça. Ai sim saberemos o que ele quer nos dizer
Beijinhos, bons sonhos
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