El árbol de la ciência
Andrés Trapiello
Dicen, mi amor, que es imposible hacer
versos de amor feliz, de enamorado,
que sólo lo perdido o no alcanzado
se canta en la poesía, el padecer
olvido o el sufrimiento de volver
al recuerdo de todo lo pasado.
Unas veces la sed de lo vedado;
otras, el vino del amargo ayer.
No hagas caso, mi amor, habladurías.
Contigo todas mis melancolías
son ramas escarchadas en anís
donde se posa un pájaro de nieve.
Escúchale cantar tan hondo y breve.
Que no te engañe su plumaje gris.
"Acaso una verdad" 1993
A arvore da ciência
Dizem, meu amor, que é impossível fazer
versos de amor feliz, de enamorado,
que só o perdido ou o não alcançado
se canta na poesia, o padecer
esqueço ou é o sofrimento de voltar
a recordar de todo o passado.
Às vezes, a sede do que é proibido;
outro, o vinho amargo já provado.
Não faça caso, meu amor, só são fofocas.
Como todos os blues tristes que tocas
são ramos de erva-doce cristalizados
onde pousa um pássaro de neve.
Ouça-o cantar tão profundo e breve.
Que na plumagem cinza não tenha os olhos enganados.
2 comentários:
Bom dia !
Não acredito que não se façam versos de amor conquistado, presente. Acontece que as vezes damos mais importante aquilo que não tivemos do que aquilo que temos
Beijinhos, bom domingo
Tengo una palabra para ti.
Precioso la poesia llena de sentimientos carinosos.
.Uma canção para avida.
Beijos amado.
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