Amada mia
Angel Cruchaga
Amada mía, amada en tiempos del primer arco iris
o allá en la creación junto a las primeras alas.
Desde la sangre de mi madre hacia ti vuelvo mi rostro.
Las abejas de mis almendros vuelan en torno de tus ojos.
Mi corazón, saeta gastada de noche en el cielo
atraviesa la paloma del día para borrarse en tu voz.
Alargas en tus ojos los hondos paralelos
mientras la mañana se eleva de tus brazos.
Te llevaré en la ola de mis venas
así como el cielo lleva su largo temblor de pájaros.
La tierra gira, mi amiga, en un rincón de tus ojos.
El viento distancia estrellas detrás de tu cabellera.
Amada minha
Amada minha, amada nos tempos do primeiro arco-íris
ou além na criação junto as primeiras asas.
Desde o sangue da minha mãe até ti volto meu rosto.
As abelhas de minhas amendoeiras voam em volta de teus olhos.
Meu coração, parafuso desgastado de noite no céu
atravessa as asas do dia para desvanecer-se na tua voz.
Alargas nos teus olhos os profundos paralelos
enquanto a manhã se eleva nos teus braços.
Te levarei nas ondas de minhas veias
assim como o céu leva pelo tempo o largo tremor de pássaros.
A Terra gira, minha amiga, num pedaço de teus olhos.
O vento vai afastando as estrelas por trás de teus cabelo
1 comentário:
Meu Deus, quanta poesia!
Belíssimo!!!!
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