A sombra, o sonho, o labirinto, o caos
A vertigem de ser, a asa, o grito.
Que mitos, meu amor, entre os lençóis:
O que tu pensas gozo é tão finito
E o que pensas amor é muito mais.
Como cobrir-te de pássaros e plumas
E ao mesmo tempo te dizer adeus
Porque imperfeito és carne e perecível
E o que eu desejo é luz e imaterial.
Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Hilda Hilst
4 comentários:
bom fim de semana conde! imagens que encantam.
UM BJO DE SABADO PRA VC CONDE!
Hum!
Como não merecer?
Bom final de semana
Beijinhos
Gosto de te espreitar porque todos os poemas que escolhes são de uma profundidade imensa!
E a música sempre perfeita!
Está bem, um dia eu digo!
Embora pense que não ser preciso!
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