AUSÊNCIA Morro de ausência, do veneno do nada. Ave de infinito na rocha parada a olhar sem vontade o horizonte. Garras de impotência, a saudade num grito de silêncio, construído de lágrimas de memória, com o mar ali de fronte. Forma pelos dedos desenhada de um sonho tornado efémero, sem glória. A beleza de um hino que preencheu a vida, rompeu em segredo as fronteiras do corpo, bebeu o divino e se fez vazio; um vazio de ausência em que sem sentido morro do veneno do nada. Helena Guimarães |
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