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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

José Régio /// Soneto de amor





Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus, não digas nada...
Deixa a vida exprimir-se sem disfarce! 

José Régio 


Foto: Há dias assim…

Hamilton Afonso

Há dias em que apetece
assumir a posição fetal
pousar a  cabeça
no quente do teu colo
e esperar, 
pacientemente
as carícias 
que me faltam,
o carinho
 que prometes

Há dias em que basta
pressentir o cheiro
almiscarado
 da tua pele orvalhada
 pelo sublime
desejo
 da entrega
 para sossegar 
o coração 
amargurado
pela crueldade
da saudade

Há dias em que sinto
 a falta do teu colo, 
do teu ombro, do teu peito,
como  hoje…

Há dias em que
 a distância é
mais cruel, 
mais sufocante 
e o amor ,
 sublime contradição
torna-se mais forte,
 mais presente


1 comentário:

fatima disse...

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.


Tu és,um ROMÃNTICO!!!!!!!!!!

bj.