Não sei o nome desta noite.
E aposto que é por tua causa.
Desalinhas-me as coordenadas interiores e, em vez de me
perder, encontro-me.
Os teus dedos
acentuam-me os contornos da alma.
E enquanto me afagas os cabelos eu embrenho-me nas tuas mãos,
que já não são as tuas mãos, porque é insustentável continuarmos a ser dois e,
por isso, os teus braços subitamente também, fios do meu cabelo.
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