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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Saudade......

Não sei o nome desta noite.

E aposto que é por tua causa.

Desalinhas-me as coordenadas interiores e, em vez de me perder, encontro-me.

Os  teus dedos acentuam-me os contornos da alma.

E enquanto me afagas os cabelos eu embrenho-me nas tuas mãos, que já não são as tuas mãos, porque é insustentável continuarmos a ser dois e, por isso, os teus braços subitamente também, fios do meu cabelo.
  
E enquanto sou um prolongamento de ti, com os cabelos desalinhados, a lua confessa-me que esta noite se chama Saudade.


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