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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Hamilton Ramos Afonso

 Devaneios...

*
Hamilton Ramos Afonso
*
Leves,como uma pena
a rodopiar ao ritmo alucinado
da ventania,
assim são os devaneios ,
as ilusões,
castelos de areia construídos à beira-mar
junto à orla de espuma
onde a onda se esvai
e regressa lentamente ao mar...
Firmes , como as raízes
das árvores de grande porte,
são as certezas,
alicerçadas nos afectos construídos
com o cimento do RESPEITO,
da cumplicidade,
onde o veneno do ciúme
fica à porta...
Construí afectos
que julgava ancorados
no respeito...
...não passavam de devaneios...
...caíram-me no regaço
leves como penas de aves ...
perdoei-lhes a falta de respeito...
...vezes sem conta
e foram sendo corroídos pelas ondas
que os derrubaram...
construídos que foram com areia
sem o cimento do respeito....
...e eu fiquei com pena...








1 comentário:

mariferrot disse...

Devaneios, o que somos capazes de sonhar !!!...

Afetos, o que perdemos se queremos por direito agarrar !!!...


Beijo Conde