Repito a palavra
para que o amor aconteça,
para que seja carne, vísceras
e ossos e faça crescer no olhar
as chamas da impaciência,
num animal solícito ao inusitado
movimento com que as mãos se afundam
e trepam pelas heras do desejo.
Um animal que bebe a luz da pele
e a transporta no mais secreto murmúrio,
para que, o epílogo seja a palavra transbordante
no mais impuro dos espasmos e seja anjo
a dormir sobre o peito do divino instinto.
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