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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Margarida Cepêda, Pausa doirada

 



                         

FIM DE TARDE

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A jornada tinha sido longa. O pó do caminho já bebera a cor dos pés, que imploravam por descanso, a cadência tornara-se mais lenta.
Quando cheguei ao alto da colina, as águas da ribeira, em baixo, insinuaram-se como merecida recompensa, e desci a encosta em sintonia com o prazer das coisas simples. Foi quando me chegou a tua voz, deliciada no apaziguar das águas, e o aroma a rosmaninho incendiou de fragrâncias aquele final de tarde...

Margarida Cepêda, Pausa doirada

1 comentário:

mariferrot disse...

Nada mais belo que um crepúsculo, o final de uma jornada, do dia com ou sem nada, da vela meia apagada, na tarde que passa agastada !!!... <3


Beijo Conde