Outra poesia de Mónica Braun
Estancia en Nueva York
Mónica Braun
Ni lo imagines, dijiste como quien escucha una blasfemia.
Esa noche nos amamos como dos bestias fugaces.
ESTADIA EM NOVA YORK
Acabamos em frente da mulher mais bonita do mundo
e ficamos sem palavras.
Uma mulher de madeira suavíssima; uma mulher sem sombra.
Brancos seus olhos e os olhos de corais
atados ao seu pé firme e esbelto como uma árvore.
Uma mulher de lábios impossíveis,
para não serem beijados jamais.
Seus olhos andavam perdidos na tela.
Ah! Sua breve respiração, seus olhos perfeitos.
A cor de sua pele, sussurramos. É uma deusa, me dissestes,
e a beleza estava em teu olhar.
Beijei teus olhos cheios para sempre de ocres e laranjas:
todo o sangue da África encheu com seu rumor nossos ouvidos.
Com essa mulher eu poderia ter te contemplado:
abrir para ti suas pernas e sua boca,
sem mais ruído do que seus ossos suavemente estendidos
::::: na cama ver-te penetrá-la com a lentidão de uma pomba
::::: que cai em um inverso nascimento.
Nem o imagina, dissestes como quem escuta blasfêmia.
Nessa noite, nós nos amamos como duas bestas fugazes.
Ilustração: Youtube
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