Seguidores

domingo, 22 de novembro de 2020

Outra poesia de Mónica Braun

 



                                  

Outra poesia de Mónica Braun

 


Estancia en Nueva York

Mónica Braun




Ni lo imagines, dijiste como quien escucha una blasfemia.
Esa noche nos amamos como dos bestias fugaces.


ESTADIA EM NOVA YORK

Acabamos em frente da mulher mais bonita do mundo

e ficamos sem palavras.

Uma mulher de madeira suavíssima; uma mulher sem sombra.

Brancos seus olhos e os olhos de corais

atados ao seu pé firme e esbelto como uma árvore.

Uma mulher de lábios impossíveis,

para não serem beijados jamais.

 

Seus olhos andavam perdidos na tela.

Ah! Sua breve respiração, seus olhos perfeitos.

A cor de sua pele, sussurramos. É uma deusa, me dissestes,

e a beleza estava em teu olhar.

Beijei teus olhos cheios para sempre de ocres e laranjas:

todo o sangue da África encheu com seu rumor nossos ouvidos.

 

Com essa mulher eu poderia ter te contemplado:

abrir para ti suas pernas e sua boca,

sem mais ruído do que seus ossos suavemente estendidos

::::: na cama ver-te penetrá-la com a lentidão de uma pomba

::::: que cai em um inverso nascimento.

 

Nem o imagina, dissestes como quem escuta blasfêmia.

Nessa noite, nós nos amamos como duas bestas fugazes.

 

Ilustração: Youtube

Sem comentários: