Photo: Lee Miller |
Vem,
deixa a marca dos teus pés sobre a
nudez do mármore,
abre o decote azul sobre os teus
frutos amadurecidos,
diz que são maçãs sem sombra de pecado,
lembra-te que nestas noites de Agosto a
lua te veste de branco
e sobre as suas pedras de luz passeiam
estranhos animais do Verão,
gargantas que entoam uma melodia
sem palavras, sem sentido,
vem,
ouve esse rumor cálido na raiz dos teus
cabelos,
solta-os, deita-te, esquece tudo,
procura apenas o meu nome entre as cinzas.
José Agostinho Baptista
1 comentário:
Marcas, as pegadas invisíveis, que não esquecem, que vivem para sempre no lastro do coração e que a alma abraça tanto no sublime como no caótico !!!... <3
BJ CONDE
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