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sábado, 18 de abril de 2020

Uma poesia de Juan Carlos Friebe






   AR

Jamais necessitei tanto de ar como neste momento de fadiga, do ar e seu consolo cego, de sua carícia nômade e peregrina. Luxo o qual ontem era capricho, oro para que seja necessário o que desejo lá fora, hoje o ar é a mesma vida, força para me enfrentar cara a cara com o novo dia, para dar mais fé do que pureza neste momento que, se não for uma sepultura, tampouco um leito.

Sei de ti como sei do ar. Sei que existes porque sinto tua ausência.


                          

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