Depois do amor
Gosto quando,
depois do amor,
vens e fazes ninho dos teus braços,
a acolher-me o corpo, amante do teu afago,
e encaixas o meu
no teu cansaço.
Gosto quando te desfazes em carícias
dum enrolar e desenrolar
de dedos no meu cabelo
e me beijas, baixinho, ao ouvido
para não acordar a lassidão
que o amor nos deixou…
Gosto quando me afagas a alma nua
e guardas minhas costas no teu peito.
Gosto de beijar o teu sorriso,
quando deslizo a minha perna sobre a tua
e nossos pés se aquecem num bem-querer.
Gosto quando a tua mão não cabe na minha,
quando a quero adormecer…
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