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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Ana Alvarenga






O silêncio tem o sabor de amoras silvestres, negras e brilhantes como a noite que abraça os pensamentos.
Sentes o cheiro das estrelas?
Eu não o sinto; tenho a pele (ainda) impregnadados toques macios e deslizantes, do silêncio a massajar o corpo.
...
Pressentes o rasto dos sonhos?
Dos sonhos que desenhei para ti, em estátuas e em nuvens, no silêncio do traço fino.

E passeio nos telhados de casas vazias, encontro o silêncio - o teu e o meu -, que me grita, despenteia, empurra-me. Beija-me.


Ana Alvarenga

1 comentário:

mariferrot disse...

E o silêncio que é alcaide de grandes e pequenos sofrimentos,ou de grandes e singelas alegrias, não se manifesta no louvar dos amores !!!...

Bj Conde <3