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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

rui amaral mendes in a noite o sangue






Errâncias...
escrevo a destempo
das verdades que me habitam.
conjugo sujeito, predicado
complementos
unicamente nos momentos
em que substantivos e verbos
adjectivos e pronomes
palavras isoladamente neutras
se alinham
como astros num imenso cosmos
para conferir cor ao fogo que
carrego.
se silêncios entrego
não os cuides vazios:
permanece densa ensurdecedora
a verdade da essência que carregam.
a matéria do poema, sabes!,
são palavras que desejo livres
da ditadura das grilhetas
vazias das circunstâncias,
celebrando a errância de alma minha
por dentro de veredas tuas,
temendo apenas o caos
que sobrevirá à tua ausência.

rui amaral mendes in a noite o sangue [2016] ©


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