Photo: Jeanloup Sieff |
Tu, a que eu amo nesta manhã
que trouxe a tua imagem com os ruídos
da rua, vai até à janela,
levanta as persianas do quarto, e olha
o céu como se ele fosse
um espelho. Diz-me, então,
o que vês? As nuvens que passam
pelos teus olhos? Um azul cuja
sombra te desenha o contorno
das pálpebras? A mancha rosa do nascente
que o horizonte roubou ao
teu rosto? Mas não te demores. Um espelho
não se pode olhar muito tempo e
o céu da manhã é dos que mudam com
as variações da alma. Pode ser que o céu
roube um sorriso aos teus lábios e
mo traga, para que eu o ponha neste poema,
onde te vejo, um instante, enquanto
a manhã não acaba.
Nuno Júdice
1 comentário:
A mancha rosa do nascente
que o horizonte roubou ao
teu rosto? Mas não te demores. Um espelho
não se pode olhar muito tempo e
o céu da manhã é dos que mudam com
as variações da alma. Pode ser que o céu
roube um sorriso aos teus lábios e
mo traga, para que eu o ponha neste poema,
onde te vejo, um instante, enquanto
a manhã não acaba.
bjinho..
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