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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

António Carlos Cortez
























sublinho a tua pele como num mapa
os lugares a descobrir um sinal para seguir
o sangue a absoluta nudez o sublinhado
das frases como corpo vago sem sintaxe neutro
desarmo-te os lábios como se captasse
em ti uma íntima mão incendiária cujo limiar
desconhecesse como quem desconhece
o caminho mais perto para casa
marco cada sílaba de um rosto que foi meu
e oculto a lágrima existente no poema quero
o limite de distâncias entre a luz a escuridão
e recuso a realidade absoluta e recuso todavia
a indistinta pulsão o ímpeto a combustão total
o fogo anárquico   preciso no mapa a letra



António Carlos Cortez

1 comentário:

Fatima maria disse...

marco cada sílaba de um rosto que foi meu
e oculto a lágrima existente no poema quero
o limite de distâncias entre a luz a escuridão..

Não ando bem,medos ,muitos medos.......

bjinhos....