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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Margarida Vieira //// não me deixes morrer longe do mar





não me deixes morrer longe do mar
das vagas de palavras que me sussurras
quando fechas os olhos espraiando os lábios
e as tuas mãos são algas apetecidas
não me deixes morrer longe do mar
das asas aladas de pássaros vivos
que ecoam as noites em amor escritas
salgadas por temperos escondidos
não me deixes morrer longe do mar
das marés tão certas de incerteza
como a vida preceder o tempo
ou o horizonte ser infinito com rosto
não me deixes morrer longe… de ti

Margarida Vieira 



1 comentário:

Estamos aí disse...

Rendida ao abandono do tempo
Espero pela tua chegada
Não demores...

Enquanto não chegas
Relembro o teu sorriso
O teu toque
A tua voz...

Espreito pela janela
Ainda não te avisto
Sinto-te perto...

Só os uivos do vento
E o barulho da chuva
Mesmo sem lua
A noite perfeita...

Este aroma no ar
É do teu perfume
Os passos na escada
Só mais um segundo...

Em breve serei tua
Como lenha no lume
No nosso mundo
Na nossa fogueira...