POEMA
SEXAGÉSIMO
NONO
SEXAGÉSIMO
NONO
Amo a figueira,
a sonolenta árvore onde Judas
ajustou contas com a sua palavra,
vitória breve da inflorescência da
traição. Figo que no espírito se fez carne
e se fez casa ambiciosa, difícil de sustentar
a hipotética hipoteca da
consciência.
a sonolenta árvore onde Judas
ajustou contas com a sua palavra,
vitória breve da inflorescência da
traição. Figo que no espírito se fez carne
e se fez casa ambiciosa, difícil de sustentar
a hipotética hipoteca da
consciência.
A figueira recusou
os trinta dinheiros que
pendiam da mão desolada do apóstolo,
sem contabilizar o envergonhado brilho
dessa prata que
bastaria para comprar todos os figos
que a figueira nunca pretendeu
mais
que oferecer.
os trinta dinheiros que
pendiam da mão desolada do apóstolo,
sem contabilizar o envergonhado brilho
dessa prata que
bastaria para comprar todos os figos
que a figueira nunca pretendeu
mais
que oferecer.
Joaquim Pessoa
De
GUARDAR O FOGO, a publicar
brevemente, com Texto Introdutório
de Maria da Conceição Andrade e
Maria Fernanda Navarro,
da Univ. do Algarve.
.
« Fios de prata, envolvem o azul do mar.É a lua a iluminar o caminho do meu lamento...»Hamilton Afonso.
Sem comentários:
Enviar um comentário