Desejo...
desejo
a visão do teu corpo lânguido
deitado sobre o leito do quarto
vislumbro nas sombras
que se projectam na penumbra
o erotismo de dois corpos que se compreendem,
ansiando o momento do abandono
às linguagens idiossincráticas
da natureza metafísica e intemporal
do desejo.
lábios tumescidos e ardentes
aspiram a tez láctea que reveste
quem és.
cabelo seríceo
caindo sobre os ombros
afagando docemente
o rosto de menina carente
onde se ante-vê a malícia da
feminilidade felina de um olhar.
o contorno delicadadamente decalcado
dos teus seios
onde me perco rumo à origem do mundo
onde experiencias a plétora sensorial.
e no fim,
o cheiro do teu corpo depois do amor
enfim,
eu em ti, tu em mim,
um no outro.
Rui Amaral Mendes in Pleroma [2005]
a visão do teu corpo lânguido
deitado sobre o leito do quarto
vislumbro nas sombras
que se projectam na penumbra
o erotismo de dois corpos que se compreendem,
ansiando o momento do abandono
às linguagens idiossincráticas
da natureza metafísica e intemporal
do desejo.
lábios tumescidos e ardentes
aspiram a tez láctea que reveste
quem és.
cabelo seríceo
caindo sobre os ombros
afagando docemente
o rosto de menina carente
onde se ante-vê a malícia da
feminilidade felina de um olhar.
o contorno delicadadamente decalcado
dos teus seios
onde me perco rumo à origem do mundo
onde experiencias a plétora sensorial.
e no fim,
o cheiro do teu corpo depois do amor
enfim,
eu em ti, tu em mim,
um no outro.
Rui Amaral Mendes in Pleroma [2005]
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