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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

“EL VACÍO” de Fernando Sabido Sánchez

O vazio
 
 
Os meus sonhos são tão vazios
que cavalgo um vôo incorpóreo
para rogar a clemência das noites.
Entretanto chega a madrugada
sem ter alguém à minha espera.
Até a lua se ofusca para me arrastar
para um cenário de treva
mais longínquo do que a morte.
Cai gota a gota, uma chuva
que me desnuda a paixão com ais;
e o medo da inexistência perdura.
Tão tensa é a vertigem, que roço com os lábios
a beleza que se perde
na réplica da impalpável luz.

 “EL VACÍO” de Fernando Sabido Sánchez

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