Seguidores

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

IMUTÁVEL
·
© Francisco Valverde Arsénio


Deixa-me ser assim

como as aves

e volátil como o vento

que me habita por dentro.



Deixa-me ser assim,

pequeno grão de areia

que não cabe na imensidão do deserto;

ser a pétala vermelha duma papoila,

a asa dum pardal

e a ponta difusa duma estrela.



Deixa-me ser assim,

vagabundo

como a luz do farol

e o traço indefinido

deixado por um avião.



Deixa-me ser assim

de olhar que foge

e de passos com reflexo,

desenhar as nuvens,

a chuva,

o vento e o mar;

deixa-me libertar a primavera

agrilhoada na flor

e limpar os olhos húmidos de sonhos.



Deixa-me ser assim… eu.

Deixa-me ser assim.....EU
beijiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Sem comentários: