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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Soneto


 

Passei ontem a noite junto dela.

Do camarote a divisão se erguia


O povo é sereno
Apenas entre nós - e eu vivia
No doce alento dessa virgem bela... Tanto amor, tanto fogo se revela
Naqueles olhos negros! Só a via!
Música mais do céu, mais harmonia
Aspirando nessa alma de donzela! Como era doce aquele seio arfando!
Nos lábios que sorriso feiticeiro!
Daquelas horas lembro-me chorando! Mas o que é triste e dói ao mundo inteiro
É sentir todo o seio palpitando...
Cheio de amores! E dormir solteiro!


Álvares de Aze
vedo

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