7 de abril de 2022
Sou a música que a noite cala
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Há dias, em que as noites são negras
As estrelas se escondem
E o luar tenta impor-se,
Mas nas entrelinhas do silêncio
Ainda que as estrelas soltem
Do meu pensamento, as agruras
Deixam-me um arrepio na alma
E uma persistência que não abdico
*
Há dias em que sou a noite sem alegria
Sou a música que a noite cala
E a tristeza que vagueia na incerteza
Sou tanta coisa, ou nada sou,
E quando de triste perco a fala
Olhando o luar em jeito de poesia
Permitindo a cada momento de calma
E que meu pensamento seja mais lúcido.
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Cidália Ferreira
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