POEMA
Frio...
Na minha dor nada se move
Estou à espera ninguém virá
Nem de noite nem de dia
Nem jamais do que fui eu próprio
Na minha dor nada se move
Estou à espera ninguém virá
Nem de noite nem de dia
Nem jamais do que fui eu próprio
Meus olhos separaram-se dos teus e perdem
A confiança perdem o briho que tinham
Minha boca separou-se da tua boca
De prazer e do sentido
Do amor e do sentido da vida
Estas mãos separaram-se das tuas e não seguram
Nada
Os meus pés separaram-se dos teus
Não andarão mais não há mais caminho
Deixaram de sentir o peso e o repouso que lhes dava
É-me dado a ver a minha vida
Esvair-se com a tua
A tua que por ser seu poder
Me faz julgar infinita a minha
A confiança perdem o briho que tinham
Minha boca separou-se da tua boca
De prazer e do sentido
Do amor e do sentido da vida
Estas mãos separaram-se das tuas e não seguram
Nada
Os meus pés separaram-se dos teus
Não andarão mais não há mais caminho
Deixaram de sentir o peso e o repouso que lhes dava
É-me dado a ver a minha vida
Esvair-se com a tua
A tua que por ser seu poder
Me faz julgar infinita a minha
E o porvir minha única esperança é minha tumba
Semelhante à tua cercada por um mundo sem calor
Semelhante à tua cercada por um mundo sem calor
Estava tão proximo de ti que junto dos outros sinto frio.
Paul Éluard
1 comentário:
Paul Éluard é pseudónimo de um Poeta Francês que muito versou contra o nazismo e que de forma enviesada deu a conhecer deixando que mesmo na clandestinidade os seus poemas circulassem !!!... Aqui a sua poesia é de máxima sensibilidade e mostra que a dependência do amor leva a que qualqer um dos elementos do par viva no outro !!!... <3
BJ Conde
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