Seguidores

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

.......... De roseira-branca







Corre



Corre o rio para o mar
E o sonho p'rá ilusão
Corre a vida sem parar
E sem nos dar atenção

Corre a dor e a nostalgia
Onde outrora foi ternura
Corre a saudade sombria
Em lágrimas de amargura

Corre o tempo que a voar
De nós está sempre a fugir
Em cicatrizes de um mar
Que nos esmaga o sentir

Corre o destino cruel
Sempre em contradição
Deixando na boca o fel
E amargo no coração

Corre até o pensamento
Bem mais depressa que a luz
P'ra nos dar cada tormento
Pregado a uma cruz

Corre o amor e a ternura
Em rios de ingratidão
E junto com a desventura
Corre também a loucura
Em vagas de solidão

1 comentário:

mariferrot disse...

Ao colo se aprende a andar para depois se correr, sorte tem quem coxeia, se vive muito até morrer !!!... <3