POEMA
Na ponta da língua
Eu já sei de cor e salteado os teus desejos
Sei de cada manha que te assanha e põe acesa
Como um livro aberto que conheço o conteúdo
Certo desse enredo eu me enredo e te desnudo
Página por página te abro e te folheio
Palavra por palavra te devoro e te releio
Sei de trás pra frente teu direito e teu avesso
Leio nos teus olhos tudo do começo
Sei de cada manha que te assanha e põe acesa
Como um livro aberto que conheço o conteúdo
Certo desse enredo eu me enredo e te desnudo
Página por página te abro e te folheio
Palavra por palavra te devoro e te releio
Sei de trás pra frente teu direito e teu avesso
Leio nos teus olhos tudo do começo
Sinto cada frase do teu corpo em minhas mãos
Minha boca te percorre sem qualquer pontuação
Leio cada frase sem pressa lentamente
E quando chego ao fim volto e então de trás pra frente
Cego nesta entrega fecho os olhos tudo vale
Como se teu corpo fosse todo escrito em Braille
Pois te aprendi como a lição que o corpo ensina
Na palma da mão na ponta da língua.
Minha boca te percorre sem qualquer pontuação
Leio cada frase sem pressa lentamente
E quando chego ao fim volto e então de trás pra frente
Cego nesta entrega fecho os olhos tudo vale
Como se teu corpo fosse todo escrito em Braille
Pois te aprendi como a lição que o corpo ensina
Na palma da mão na ponta da língua.
Lysias Ênio
1 comentário:
Um estrofe dum poema de Lysias bem orquestrada de palavras que revela cumplicidade e convivência na vida do par amante !!!... <3
BJ Conde
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