terça-feira, 5 de novembro de 2019
às vezes basta
às vezes basta
uma palavra
uma flor ou apenas uma pétala
um sorriso
o voo rasante das gaivotas
não sentir e não me importar
uma colher de arroz-doce, mas com a parte da canela
o cheiro a mar
uma pinta na folha
o frio da pedra e o quente de uma respiração
o fumegar do café
importar-me com o teu sentir
o lápis de cor amarela, para pintar o sol
aqueles teus fios de música que fazem estremecer
uma impressão, mesmo que vaga, de felicidade
o ondulado negro
a lembrança sempre presente de ti
para a vida prosseguir
Isabel Pires
(a permanência da memória dos dias de sal, 2019)
1 comentário:
Uma beleza poética encapada como um diário onde o tempo foi anotando os pequenos apontamentos que tornam as memórias felizes para sempre !!!... <3
Bj Conde
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