Ao Sol
Procuro-te.
Nestes versos tentativas de ti, procuro-te,
Nas linhas que teço - e as que já teci, a julgar que vinhas -
Nas rimas que peço - e as que já pedi... mas são todas minhas.
Procuro-te.
Em todos os sítios em que já te vi um dia, procuro-te,
Em todo o lado. E não estás em lado nenhum,
Se calhar és tudo e não te vejo
Fico-me beijo mudo e não te beijo,
Mas procuro-te, quero saber a torre em que te fizeste
E que me contes a morte que ao dragão deste,
Já que não o deixaste para mim.
Creio que já sei o começo,
Diz-me o meio,
Diz-me o fim.
Hei-de achar esse labirinto para que enfim não mais me perca,
Hei-de achar-te, saber-te e contar-te de ti,
Cantar-te os poemas por fim tecidos das linhas tuas,
Descobrir-te as roupas e deixá-las nuas pelo chão.
Hei-de ser Ícaro e se me derreterem as asas de cera,
Grandes que serão da espera já só me deixarão cair
Para ti.
Nestes versos tentativas de ti, procuro-te,
Nas linhas que teço - e as que já teci, a julgar que vinhas -
Nas rimas que peço - e as que já pedi... mas são todas minhas.
Procuro-te.
Em todos os sítios em que já te vi um dia, procuro-te,
Em todo o lado. E não estás em lado nenhum,
Se calhar és tudo e não te vejo
Fico-me beijo mudo e não te beijo,
Mas procuro-te, quero saber a torre em que te fizeste
E que me contes a morte que ao dragão deste,
Já que não o deixaste para mim.
Creio que já sei o começo,
Diz-me o meio,
Diz-me o fim.
Hei-de achar esse labirinto para que enfim não mais me perca,
Hei-de achar-te, saber-te e contar-te de ti,
Cantar-te os poemas por fim tecidos das linhas tuas,
Descobrir-te as roupas e deixá-las nuas pelo chão.
Hei-de ser Ícaro e se me derreterem as asas de cera,
Grandes que serão da espera já só me deixarão cair
Para ti.
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