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sábado, 27 de janeiro de 2018

Poesia




Nua caminhas sob o sol sedento
Da nudez da tua pele,
Te moves pela inquietação do vento
Com o teu corpo feito a cinzel.

Na claridade do teu rosto
Toda a estrela encandece,
É aí que o frio se aquece
E eternos os dias sem sol-posto.

Seguindo a curvatura dunar dos teus seios
a beleza ensandece
E é nessa doçura que se tece
A ânsia de todos os anseios

Sob a fímbria do teu púbis, no lugar mais recatado
Descansa a delicada, rósea flor.
Os néscios dizem que aí mora o pecado
E eu quero pecar, seja o pecado aquilo que for.

Singro o mar de tempestade
Do teu corpo deslizando sobre as águas,
É nele que busco a eternidade,
É nele que sublimo as minhas mágoas.

Neste sonho em que tu segues
Há um saber que não consigo,
Saber se és tu que me persegues
Ou se sou eu que te persigo.



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