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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Júlia Barros






Coisas do Coração

Foi em Setembro que te conheci, eras o mais belo ser que jamais vi. Tinhas o sabor do vento, livre e rebelde como o mar, tinhas um não sei quê de Anjo e Diabo que me arrebatou tantas e tantas vezes ...
Amei-te com loucura, gostei-te desde o primeiro dia, saboreei-te como o Adão saboreou a maçã proibida das mãos de Eva. Deitei-te na minha cama e aconcheguei-me a ti sedenta dos teus beijos e carícias. Apertáste-me num abraço enlevado, num carinho e amor só sentido pelos amantes íntimos tão íntimos que bastava olharmo-nos nos olhos para sabermos o que o coração de um queria dizer ao outro, sim eramos assim tão íntimos!
Tínhamos a frescura da juventude o à vontade de quem quer conquistar o Mundo, um mundo tão nosso. Partilhámos a alegria, o amor e a amizade com quem sempre nos quis bem: as nossas famílias e os nossos amigos.
Este foi um Amor desenhado nas estrelas com as cores do Arco-Íris, com a bênção dos deuses. Fomos felizes enquanto durou e durou o tempo que estava destinado a durar mas o Destino, esse é implacável, de um momento para o outro fomos obrigados a separarmo-nos e nunca mais tivemos notícias um do outro ...
Todos os dias me pergunto onde estás mas infelizmente nunca obtenho respostas, perguntar-te-ás tu também ?! Não sei, só sei que te preciso, que me fazes falta, que eras o meu sonho tornado realidade.
E mais um Setembro chega, mais um ano que passa com este vazio no peito, com este coração que continua a querer-te tanto que até dói ...
Hoje sinto o silêncio, o desamparo, o amor, a necessidade, o descaso dos outros.
Hoje sinto a secura das lágrimas nesta Alma vibrante de saudade e tristeza da tua Ausência Distante.
Sim, hoje chegou mais um Setembro.
 
Júlia Barros (Direitos de Autor) com as Coisas do Coração.


Foto de Coisas do Coração.
 

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