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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Laura Santos // DANÇA





Que eu dance
a valsa perdida dentro de mim.
Que eu a lance
em andamento sem fim.
Que eu seja leve
em penas de cetim
e transporte nos espaços
desenho breve.
Leve tão leve
que permita
elevar nos meus braços
esta alma que se agita.
Traçar nos meus passos
utopia que não caia
por maior que seja a vaia.
Que eu dance no vento
liberta ave
essa valsa suave
do meu pensamento.
E quando o meu corpo parar
que a valsa bailada
se eleve
grácil sonho breve
e comece a voar.
Que suba bem alto
dance por um momento
esquecido de sobressalto
enquanto o meu corpo
palco em movimento
jaz
e atrás da cortina, sereno
encontre
paz. 
 
Laura Santos / blog escrito no vento
 
 Svetlana Zakharova e a "Morte do Cisne"
 
 

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