Jantar
Ao jantar, tive uma ninfa
para a sobremesa. Tirei-lhe o vestido
e fiquei com a polpa
nas mãos. Separei os gomos
dos seus seios, descasquei
a sua pele, soltei-lhe dos cabelos
os caroços, e vi o fruto abrir-se
num colar de róseas pérolas. Fiz
com que o seu sumo me escorresse
pelas mãos, e bebi-o na taça
dos seus lábios. Ao jantar,
com uma ninfa nua
no prato da sobremesa,
esperei pelo café; e enquanto
não chegava, esvaziei o prato,
e fiquei com fome.
Nuno Júdice
3 comentários:
Hummm...já li este poema por aqui...:)
Beijo d'anjo
Quem me dera ser ninfa...
sobremesa deliciosa... enquanto se espera o cafe...
Beijinho de lua*.*
hummm...entendi rs !!bjs
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