No seu ágil corpo
de gazela correm as sensações
doentes e as vigílias de
um prazer antigo. E pede
que a despertem, que
a voz do desejo de novo
a chame e a faça saltar
muros, colinas e montanhas
até se encontrar com
o luminoso horizonte
de um abraço. E ouve o apelo
do amado: “Despe-te como os figos
se despem da sua pele, e
dá-me o teu fruto para que
o saboreie até ao fundo.”
Então, oferece-lhe a sua boca
para que nela se cumpra
a promessa de uma flor.
Nuno Júdice
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