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terça-feira, 21 de setembro de 2021

De novo Salvador Novo

 


 


La pena de perderte

Salvador Novo

Al poema confío la pena de perderte.

He de lavar mis ojos de los azules tuyos,

faros que prolongaron mi naufragio.

He de coger mi vida desecha entre tus manos,

leve jirón de niebla

que el viento entre sus alas efímeras dispersa.

Vuelva la noche a mí, muda y eterna,

del diálogo privada de soñarte,

indiferente a un día

que ha de hallarnos ajenos y distantes.

 

A DOR DE TE PERDER

Ao poema confio a dor de te perder.

Hei lavar meus olhos dos azuis dos teus,

faróis que prolongaram o meu naufrágio.

Hei de colher minha vida desfeita em tuas mãos,

ligeiro fio de névoa

que o vento entre suas asas efêmeras dispersa.

Volta a noite a mim, muda e eterna,

do diálogo privado de sonhar contigo,

indiferente a um dia

que há de nos encontrar alheios e distantes.

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