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segunda-feira, 16 de março de 2020

E, de volta, Angel González






A vida em jogo

Onde ponho a vida, ponho o fogo
de minha paixão focada e sem saída.

Onde ponho o amor, toco a ferida.

Onde ponho a fé, me ponho em jogo.

Ponho em jogo minha vida, e perco, e logo
começo outra vez, sem vida, outra partida.

Perdida a de ontem, a de hoje perdida,
não me dou por vencido, e sigo, e jogo
o que me sobra: um resto de esperança.

E sempre vou em frente. Mantenho minha postura.

Sem sair nunca. A esperança é a morte.

Se sai o amor, a primavera avança.


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