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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Egito Gonçalves





Photo: Man Ray

















O areal é o desenho branco do teu corpo
E o rio corre como se tu não existisses...
Sonolentas pálpebras cerrando-se
As nuvens cortam as manchas do luar.

Aguardando o quebrar da tua voz
Que a sulcará de ternura e de ruído
A paz ronda a silenciosa margem
Onde se estende o teu vulto imaginado.



Egito Gonçalves

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