Rasgo a noite com as mãos, para que nos deixe passar.
Quero dançar nas vielas estreitas, roubar-te beijos em vãos de escada sombrios, trautear trechos de canções ... as tuas... Brel, Piaff, Aznavour, com acentuado sotaque, até explodires de riso.
Dar-te o braço, encostada ao teu ombro, oferecendo-te um sorriso rasgado na noite escura "ne me quitte pas", em tom trágico-exagerado:
"És perfeita nas tuas imperfeições".
Tocas ao de leve a fila de dentes irregulares, antevendo 'aquela' gargalhada cristalina - aquela que faz os olhos brilharem no escuro, como dois pirilampos reluzentes e traquinas.
E a noite envolve-nos no seu manto de veludo negro, decorado a diamantes.
(...)
Deixa-me em casa, ao amanhecer
Ana Alvarenga
2 comentários:
Imperfeições, distinguem-nos uns dos outros, são o que nos torna diferentes, o que procuramos não ter, mesmo sabendo que jamais se vão esquecer !!!... <3
Bj para TI Conde <3
E a noite envolve-nos no seu manto de veludo negro, decorado a diamantes.
beijinho Conde..
Enviar um comentário