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terça-feira, 26 de julho de 2016

Helena Guimaraes

PERDIDA

Vem…
Dá-me a tua mão. ...

Plano no infinito,
minhas asas
adejam na bruma do horizonte,
perla-se-me a fronte
de gotas de impotência.
Voo sem rumo
no sol que se reflecte no mar
sem encontrar o universo.
Esta incapacidade de um verso!
Este voar na fímbria das coisas!
Onde está minha nau
e meu sextante?
Perdi-me de ti.
O sol viaja para poente,
tudo tem regra, tudo é consequente.
Eu adejo as asas
Misturadas com a bruma
sem seguir coisa nenhuma.
E percorro de memória
o teu seu ausente.


DA ESCRITORA E POETISA: Helena Guimarães 



 

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