PERDIDA
Vem…
Dá-me a tua mão. ...
Plano no infinito,
minhas asas
adejam na bruma do horizonte,
perla-se-me a fronte
de gotas de impotência.
Voo sem rumo
no sol que se reflecte no mar
sem encontrar o universo.
Esta incapacidade de um verso!
Este voar na fímbria das coisas!
Onde está minha nau
e meu sextante?
Perdi-me de ti.
O sol viaja para poente,
tudo tem regra, tudo é consequente.
Eu adejo as asas
Misturadas com a bruma
sem seguir coisa nenhuma.
E percorro de memória
o teu seu ausente.
DA ESCRITORA E POETISA: Helena Guimarães
Sem comentários:
Enviar um comentário