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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Rui Amaral Mendes /// Silêncio(s)


Na vastidão infinita do silêncio
Sinto o toque indelével do choro da noite
Nas cercanias de um epicentro em sangue.
Flutuo no crepúsculo,
No etéreo firmamento que me abraça,
E mergulho novamente no vazio.
Movo-me nas periferias do fim duma vida,
No fundo dissimulado de um espelho enevoado
Onde ainda habita o meu reflexo.

Rui Amaral Mendes [Do fundo do silêncio...] 

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