Sophia de Mello Breyner Andresen.
Hoje acordei com a dor das árvores; estou de pé e o meu tronco sustém
o vazio e a solidão dos ramos
côncavos de espera,
impacientes de ternura.
Quero o bracejar dos pássaros,
ser refúgio dos ventos que me procuram,
tornar-me na folhagem que te abriga,
ser o ninho na tua noite, aberto
com a inquietação e a serenidade
dos rumores das aves mais tardias.
Não, desta vez não vou ...
![LÍLIA TAVARES, in PARTO COM OS VENTOS (a publicar em 2013)
[HOJE ACORDEI COM A DOR DAS ÁRVORES]
Hoje acordei com a dor das árvores;
estou de pé e o meu tronco sustém
o vazio e a solidão dos ramos
côncavos de espera,
impacientes de ternura.
Quero o bracejar dos pássaros,
ser refúgio dos ventos que me procuram,
tornar-me na folhagem que te abriga,
ser o ninho na tua noite, aberto
com a inquietação e a serenidade
dos rumores das aves mais tardias.
Não, desta vez não vou ...
*
Imagem sem identificação
in: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=475016159235789&set=a.337019419702131.73707.218221341581940&type=1&theater
*
(LT)](https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/s480x480/292223_508995932469509_2098342560_n.jpg)
 
Sem comentários:
Enviar um comentário