a tua imagem mal e bem amada
sou apenas a forja em que me forço
a fazer das palavras tudo ou nada.
A palavra desejo incendiada
lambendo a trave mestra do teu corpo
a palavra ciúme atormentada
a provar-me que ainda não estou morto.
E as coisas que eu não disse? Que não digo:
Meu terraço de ausência meu castigo
meu pântano de rosas afogadas.
Por ti me reconheço e contradigo
chão das palavras mágoa joio e trigo
apenas por ternura levedadas.
Ary dos Santos, in 'O Sangue das Palavras'
4 comentários:
a tua imagem mal e bem amada
sou apenas a forja em que me forço
a fazer das palavras tudo ou nada.
AMEI ....LINDÍSSIMO
BEIJOS ....CONDE
Grande Ary...........
A palavra desejo incendiada
lambendo a trave mestra do teu corpo
a palavra ciúme atormentada
a provar-me que ainda não estou morto.
Beijinhos Conde
Olá Conde!!!!!
Genuinamente intenso e sensual.....
Assim viveu....e...nos legou sua obra!
Lindíssimo poema
Gostei muito!!!!!!!!
um beijo
Olá!!!!!!
genuinamente sensual... excessivo e vertical...foi assim Ary....
Um "METEORITO" de talento e paixão...
Adorei o POEMA
um beijo
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