Minhas asas humanas de poeta!
Derreteu-as o sol da lucidez.
Cego, abria-as ao vento
Da inspiração
E voava.
Mas pouco a pouco,
Como quem desperta,
Dei conta da cegueira.
E fui perdendo altura.
Agora canto apenas
Ao rés-do-chão da vida,
A olhar o descampado
Do céu azul
Aberto à graça doutras emoções.
E o canto é triste assim desiludido.
Falta-lhe a perspectiva e o sentido
Que tinha quando eu tinha as ilusões.
1 comentário:
olá!!!
QUE O SOL DA LUCIDEZ ,nunca derreta a nossa alma de poetas....para que não percamos a perspectiva e o sentido...que tínhamos quando havia as ilusões...
gostei muito
um beijo
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